DHA na neuroproteção
Pessoas com desordens neurodegenerativas geralmente apresentam deficiências em ácidos graxos poli-insaturados, e observou-se in vitro que o pré-tratamento com DHA, o principal ômega-3 presente nas membranas neuronais, oferece proteção aos neurônios dopaminérgicos contra a morte celular induzida pela neurotoxinas [1].
Estudos demonstram a ocorrência de uma clara conexão entre o cérebro e o intestino, o que descreve o benefício de uma dieta preventiva contendo ômega-3 para prevenir a doença de Parkinson[2].
Além disso, o DHA também exerce atividade neuroprotetora contra a doença de Alzheimer, atuando na via PI(3)K/Akt. A suplementação de micronutrientes podem ajudar a prolongar o aparecimento dos sintomas de demência, uma vez que protegem contra os danos oxidativos que ocorrem precocemente na doença de Alzheimer[3].
Numa época em que a expectativa de vida aumenta, proteger as funções neuronais deve ser considerada uma atitude essencial. Mas tome cuidado: analise a composição dos suplementos e escolha aqueles que não contém ácidos graxos saturados ou compostos da série omega-6, que é prejudicial à saúde e não devem ser vistos apenas como "veículo"!
[1] Hacioglu, G., et al. Docosahexaenoic acid provides protective mechanism in bilaterally MPTP-lesioned rat model of Parkinson's disease. Folia histochemica et cytobiologica 50(2):228-238, 2012. [2] Perez-Pardo, P., et al. Gut–brain and brain–gut axis in Parkinson's disease models: Effects of a uridine and fish oil diet, Nutritional Neuroscience, 2017 [3] Belkouch, M., et al. The pleiotropic effects of omega-3 docosahexaenoic acid on the hallmarks of Alzheimer's disease. The Journal of nutritional biochemistry 38:1-11, 2016.
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